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Tatuagens regressam à Marinha de guerra

Só permitia tattoos tapadas por calção e agora as proibições são nas mãos, pescoço e face.
Sérgio A. Vitorino 10 de Agosto de 2017 às 01:30
Um jovem tatuado nos braços, desde que não fique visível com a farda vestida, pode agora ingressar na Marinha
Tatuagens
Marinha Portuguesa
Um jovem tatuado nos braços, desde que não fique visível com a farda vestida, pode agora ingressar na Marinha
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Marinha Portuguesa
Um jovem tatuado nos braços, desde que não fique visível com a farda vestida, pode agora ingressar na Marinha
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Marinha Portuguesa
A necessidade leva a mudanças. Que o diga a Marinha. Depois de em 2015 ter proibido quase por completo as tatuagens - só aceitava as escondidas pelos calções de natação -, a Armada viu os números de recrutamento de praças voluntários baixarem: em 2016 apenas foram preenchidas 46% das 827 vagas.

A Marinha precisa de mais homens e mulheres e, no início de agosto, deu a ordem: são permitidas tatuagens em todo o corpo menos nas mãos, pescoço e face/cabeça, quase deixando de restringir os candidatos com arte corporal.

"Um estudo concluiu que rejeitávamos à partida cerca de metade dos jovens potencialmente candidatos a servir como praças em Regime de Contrato", explica ao CM o comandante Pedro Coelho Dias, porta-voz da Marinha. Esse número é alcançado com base em estudos internacionais - 47% dos jovens da ‘Geração Milénio’ (nascidos até final dos anos 90) sem frequência universitária têm tatuagens. Precisamente o alvo dos concursos de praças.

"Os militares da Marinha deverão sempre continuar a ser um reflexo da sociedade portuguesa, mas nunca esquecendo que cada um - militar da Marinha - contribui, com sobriedade, para o fortalecimento da imagem da instituição militar perante a opinião pública", afirma Pedro Coelho Dias.

Por essa razão, as tatuagens não podem "conter símbolos de qualquer natureza ofensiva (...) e é proibido qualquer conteúdo discriminativo em função do género, religião, raça, nacionalidade ou etnia, ou que evidencie, entre outros, afiliação a grupos políticos e sociais".

PORMENORES 
Falta de pessoal
Falta de praças em contrato leva a que o pessoal embarque mais tempo do que devia. A Marinha quer ver reconhecidas qualificações. O objetivo é preencher 90% das vagas este ano e 100% em 2020.

Exército e FAP
A Força Aérea não permite tatuagens "se visíveis quando uniformizados". O Exército proíbe as que se vêem com meia manga. A remoção causa danos na pele "causadores de má aparência militar".

Estrangeiro
A Marinha estudou as congéneres de Alemanha, Espanha, EUA, França, Holanda e Reino Unido. Apenas a Espanha não permite tatuagens visíveis em uniforme com manga curta e calções.
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