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Terror das prisões diz nas redes sociais que o querem matar

Abdulay Camará cumpre 13 anos de prisão na cadeia de Pinheiro da Cruz por crimes de violação, sequestro e violência doméstica.
Miguel Curado 26 de Setembro de 2023 às 15:52
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Terror das prisões diz na 'net' que o querem matar

Abdulay Camará, de 36 anos, o luso-guineense que cumpre 13 anos de prisão na cadeia de Pinheiro da Cruz, Grândola, por crimes de violação, sequestro e violência doméstica, e que ganhou a alcunha de 'terror' na sua passagem pela prisão da Carregueira devido a ameaças e agressões contra guardas, divulgou nas redes sociais um vídeo no qual garante estar a ser alvo de ameaças de morte.

Num registo filmado a 19 de setembro por telemóvel (objeto proibido dentro dos estabelecimentos prisionais), Camará diz que esteve "em greve de fome entre 13 e 17 de setembro" na secção de segurança da cadeia de Pinheiro da Cruz.

"Fi-lo depois de ter sido alvo de ataque por outros reclusos, instigados por guardas, em que me partiram um dedo (mostra a prova na imagem), e vários dentes", explicou o recluso.

Abdulay Camará diz estar certo de que querem atentar contra a sua vida. "Estão apenas a ver se eu respondo com violência para poderem justificar o que estão a fazer, mas não vão conseguir", justificou.

O recluso luso-guineense pede por isso ajuda para o exterior, para "parar com esta palhaçada". "Não quero morrer agora pois tenho mulher e uma filha no exterior, e quero ter mais filhos", anunciou.

Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, disse ao CM que esta estrutura "lamenta que ainda não tenham sido feitos investimentos na compra de inibidores de sinal que impeçam o uso de telemóveis nas prisões".

Fonte oficial dos Serviços Prisionais, por seu turno, referiu ao nosso jornal "ter conhecimento dos factos" que constam no vídeo divulgado por Abdulay Camará. "Vai proceder a queixa por denúncia caluniosa contra o recluso junto do Ministério Público. Complementarmente informa-se que o recluso está a ser objeto dos competentes procedimentos disciplinares, pelo cometimento de infrações previstas em lei", concluiu.

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