Quando os agentes da Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Cascais prenderam o surfista Ricardo Antunes, em maio de 2016, travaram um dos maiores traficantes de droga do concelho. Tinha na sua posse 37 kg de haxixe. Já em fevereiro do mesmo ano tinham sido apreendidos 70 kg em plena ponte 25 de Abril. Nessa altura, Ricardo escapou. O traficante foi agora condenado no Tribunal de Cascais a nove anos de prisão.
O seu braço direito, Bernardo Duarte, foi condenado a quatro anos e meio; Carlos Silva, outro traficante, a cinco anos. Ricardo Antunes era surfista e participava em provas nacionais. Foi denunciado pelo estilo de vida que ostentava. Sem rendimentos fixos, morava sozinho numa vivenda no Estoril, tinha três garagens e quatro carros, três deles de alta cilindrada: uma carrinha Mercedes AMG, um Mercedes 200 e um BMW 320.
Entre a droga, viaturas e dinheiro foram apreendidos a Ricardo Antunes bens avaliados em 250 mil euros. Mesmo quando lhe foi decretada prisão preventiva em maio, o surfista continuou a chefiar o tráfico a partir da cadeia. Chegou a pedir à mãe, por telefone e cartas, para retirar dinheiro das contas bancárias. A mulher também foi condenada a três anos e meio de prisão, suspensa, pelo crime de branqueamento de capitais.
A namorada do surfista, que durante o tempo em que ele estava preso cobrou dívidas de clientes do tráfico, foi condenada a três anos e meio, suspensos. Chegou também a levantar dinheiro de contas bancárias, a mando dele a partir do estabelecimento prisional de Caxias.