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Vida privada de atletas vigiada

Passagem pelo Sporting marcada por devassa da intimidade.

04 de março de 2015 às 08:01

Já foi alvo de devassa da intimidade?

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Já foi alvo de devassa da intimidade?

Jogadores do clube e árbitros eram os principais alvos do esquema de espionagem levado a cabo por Pereira Cristóvão enquanto foi vice-presidente do Sporting. Nas buscas feitas no Estádio de Alvalade, em 2012, pela Unidade de Combate à Corrupção da PJ, foi encontrada uma lista de árbitros da I Liga de Futebol. Os dados pessoais e de familiares de vários árbitros chegaram a ser publicados na Internet.

Entre os jogadores visados no esquema do ex-investigador da PJ estava Rui Patrício. Na altura, a relação extraconjugal com Liliana Aguiar foi passada a pente fino por Paulo Pereira Cristóvão. Outros jogadores, como Carrilho e Rojo, foram também vigiados nas suas casas e nos locais que frequentavam. Paulo Pereira Cristóvão defendeu-se com "a proteção de ativos do clube".

É já no próximo mês que Paulo Pereira Cristóvão começa a ser julgado pelos sete crimes de que foi acusado pelo DIAP de Lisboa. O esquema de espionagem é previsto nos crimes de acesso ilegítimo qualificado e de devassa por meio informático.

Mas há mais crimes: um crime de burla qualificada, outro de branqueamento de capitais, dois de peculato e por fim denúncia caluniosa agravada.

Os crimes de burla, peculato e branqueamento correspondem ao facto de o dinheiro pago pelo clube leonino às empresas que faziam vigilância aos jogadores e árbitros ir parar às contas de Paulo Pereira Cristóvão. Houve dois contratos: um de oito mil euros e outro de seis mil euros.

Também o Benfica terá sido alvo de uma tentativa de espionagem por parte de Cristóvão. A investigação demonstrou que fez uma prospeção para meter uma empresa a fornecer câmaras de videovigilância ao Benfica. O objetivo era sobretudo controlar o centro de estágio do Seixal. Cristóvão soube que o Clube da Luz tinha organizado um concurso para adjudicar a instalação de câmaras de videovigilância e a sua ideia era conseguir que o concurso fosse ganho por uma empresa da sua confiança, de forma a conseguir controlar o clube rival. Em abril, Paulo Pereira Cristóvão senta-se no banco dos réus para ser julgado por estes crimes. 

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