Joaquim Guerreiro e João Negra tinham acabado de arranjar a máquina de perfuração que tinha avariado no piso 310 das minas de Aljustrel e estavam a fazer marcha-atrás para regressar à superfície quando a carrinha onde seguiam resvalou. Caiu para um fosso com uma profundidade entre 30 a 40 metros.
Quando parou, no piso 330, Joaquim, de 46 anos, natural de Ermidas Sado, em Grândola, estava morto. Deixa três filhos, de 12, 18 e 26 anos. O colega mecânico, de 25 anos, de Ervidel, Aljustrel, ficou em estado grave e foi levado de urgência para o Hospital Distrital de Beja.
O INEM recebeu o alerta às 11h05. Segundo apurou o CM,
a carrinha onde seguiam os mecânicos da empresa EPDM - Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, "caiu num buraco que não estaria sinalizado".
Apesar de não serem ainda claras as circunstâncias em que ocorreu o acidente, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira apontou esta segunda-feira para
falhas graves de segurança.
"Ainda não sabemos como é que ocorreu o acidente, mas quando morre alguém a trabalhar, há falhas de segurança graves", disse o dirigente Jacinto Anacleto.
A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) já anunciou a abertura de um inquérito, tal como a Almina, concessionária do complexo mineiro, e a EPDM, empregadora dos mecânicos.
À hora de fecho desta edição, João Negra estava em considerado estável.
PORMENORES
Meios envolvidos
Para o socorro às vítimas foram mobilizados 13 operacionais dos bombeiros de Aljustrel, seis patrulhas da GNR; uma ambulância SIV (de Castro Verde); uma VMER (de Beja) e um helicóptero do INEM, que não chegou a ser usado.