No terreno permanecem 466 operacionais, apoiados por 146 viaturas e quatro meios aéreos, sendo que a principal preocupação reside agora no concelho vizinho de Aguiar da Beira.
O incêndio rural que começou no sábado em Freches, no concelho de Trancoso, não tem esta quinta-feira de manhã qualquer frente ativa no concelho, existindo apenas "pontos quentes com possibilidade de reativação", disse o presidente da Câmara.
"Segundo o comando operacional, pelas 10:00, 80% do fogo estava dado como extinto e havia 20% de área em fase de resolução e consolidação, com pontos quentes que motivavam alguma cautela e preocupação por haver possibilidade de reativação", adiantou Amílcar Salvador à agência Lusa, referindo-se ao território do município a que preside, no distrito da Guarda.
Segundo o autarca, "já não há frentes ativas" no concelho, apenas operacionais em operações de vigilância e rescaldo.
No terreno permanecem 466 operacionais, apoiados por 146 viaturas e quatro meios aéreos, sendo que a principal preocupação reside agora no concelho vizinho de Aguiar da Beira, também no distrito da Guarda, até onde as chamas se estenderam.
Em Trancoso viveram-se "cinco dias muito difíceis" devido ao fogo, que atingiu 11 das 21 freguesias e tinha consumido cerca de 14.000 hectares até quarta-feira, segundo estimativas divulgadas pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
A autarquia já está no terreno a contactar criadores de gado, pastores e apicultores, bem como produtores florestais e empresários, para apurar os prejuízos deixados pelas chamas.
"A nossa prioridade, de momento, são os criadores de gado, que vão começar a receber farinhas, rações e feno para alimentar os seus animais. Aos apicultores afetados vamos distribuir um alimento específico para as abelhas que sobreviveram", declarou Amílcar Salvador.
O presidente da Câmara de Trancoso realçou que será feito um pedido de ajuda formal ao Governo e que já foi solicitada uma reunião com o secretário de Estado das Florestas para o efeito.
"É inevitável que o Estado apoie os nossos agricultores, nomeadamente os produtores de castanha, que é um setor muito importante para o concelho em termos económicos", lembrou.
O fogo também teve um impacto negativo na 752.ª edição da Feira de São Bartolomeu, que está a decorrer em Trancoso desde o dia 08 de agosto e foi suspensa no domingo e na segunda-feira, tendo sido retomada na terça-feira.
"Tivemos menos 30% de entradas do que seria normal, o que é compreensível face às circunstâncias que vivemos por estes dias. Não havia espírito para festa, mas a feira continua", assegurou Amílcar Salvador.
A organização, a cargo do município e da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), está a ponderar organizar um concerto solidário "a favor dos agricultores e dos bombeiros" e prolongar o certame até à próxima segunda-feira.
"O rapper Dillaz, que devia ter atuado na segunda-feira [11 de agosto], manifestou disponibilidade para regressar a Trancoso no próximo dia 18. É uma possibilidade que está em cima da mesa, mas temos que auscultar os expositores", revelou o autarca.
O EFFIS, que se baseia em imagens de satélite do programa europeu Copernicus, precisa que a área ardida do incêndio que começou em Trancoso e alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira totalizava na quarta-feira 13.741 hectares.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dá conta de que desde 01 de janeiro arderam em Portugal 63.247 hectares, metade dos quais nas últimas três semanas.
A área ardida este ano é nove vezes maior do que no mesmo período do ano passado e a segunda maior desde 2017.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 2 de agosto e até ao final do dia de sexta-feira.
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