Traineira regressava a Caminha após noite na faina. Mestre e um pescador conseguiram salvar-se. Operações de busca pelos outros três pescadores são retomadas hoje.
Três desaparecidos após golpe de mar virar barco na ilha de Ínsua
Depois de uma noite de faina em alto mar, o ‘Vila de Caminha’ estava a regressar ao porto de Caminha, quando um golpe de mar atirou a embarcação contra os rochedos da ilha de Ínsua, junto a Moledo. O alerta chegou às autoridades às 12h20. Dois homens - o mestre, Nuno Castro, e um pescador, de nacionalidade indonésia - foram resgatados com vida. Durante o dia decorreram as operações de busca para encontrar os restantes três tripulantes, todos indonésios, mas sem sucesso.
‘Pitufo’, como é conhecido Nuno Castro, descende de uma família de pescadores - filho de pescador, é irmão de pescador e um dos filhos costuma acompanhá-lo no mar. Os 5 homens saíram para o mar às 20h00 de sábado e contavam chegar pelo meio dia deste domingo. “Estava a fazer o comer, quando a minha nora me ligou. Disse-me para me sentar, que tinha uma notícia para me dar. Disse-lhe logo: Aconteceu uma desgraça. E foi aí que ela me contou que o barco tinha virado mas que o meu filho estava bem”, relatou ao CM Maria Emerência, mãe do mestre do ‘Vila de Caminha’.
Nuno Castro e o tripulante indonésio que conseguiu sair da traineira tiveram a ‘sorte’ de estarem na cabine. “O meu filho partiu o vidro da cabine e foi até às rochas e depois arrastou-se até à areia”, contou Maria Emerência. Os restantes tripulantes estavam no porão de congelação de pesca. “São bons trabalhadores, muito novos. Um deles chegou há 15 dias e outro ia regressar à Indonésia nos próximos dias. Eles têm todas as condições, têm uma casa para cada um onde podem dormir, fazer as refeições. Dói-me muito por causa dos mocinhos”, lamentou Maria Emerência.
Os dois resgatados foram levados pelos Bombeiros de Caminha para o hospital de Viana do Castelo, em estado de hipotermia - a temperatura da água rondava os 15 graus. “A temperatura corporal já subiu, está estável. Vai fazer uma TAC à cabeça”, contou a mãe do mestre da embarcação.
As operações de busca foram suspensas ao início da noite, devido à falta de visibilidade, e deverão ser retomadas no dia de hoje. Para esta terça-feira, há avisos para toda a costa portuguesa continental, devido a agitação marítima.
“Ama o mar, tal como o pai”
“Ama o mar, tal como o pai amava”, contou Maria Emerência, mãe de Nuno Castro. Pouco antes do naufrágio, tinha conversado com o filho. “Ligou-me e perguntou se a barra estava aberta, estavam a chegar”. Nuno Castro é dirigente da Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e Mar, entidade presidida pelo irmão, José Castro.
Vários meios na busca
As operações de busca contaram, para além da Polícia Marítima, com 13 operacionais, 5 viaturas e um bote dos Bombeiros Voluntários de Caminha.
Espanhóis ajudam
As buscas foram coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima de Caminha. As operações contaram com um helicóptero da Força Aérea Portuguesa e outro das autoridades espanholas.
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