Industriais da carne contra OMS
Associação europeia aponta falhas a relatório sobre cancro.
O estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que relaciona o consumo de carnes processadas ao cancro colorretal, não convence os industriais da carne. A Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC) considera "inapropriado atribuir a um único fator um risco aumentado de cancro", subscrevendo a posição da associação europeia.
As críticas ao relatório da OMS passam também por considerar que a nova classificação das carnes processadas apresenta falhas. "Seguiu um programa de identificação de perigos que não incluiu a avaliação de risco", sublinha a Associação Europeia dos Industriais da Carne.
Em Portugal, os produtores e distribuidores de carne contactados pelo CM optaram pelo silêncio. Evitam comentários ao relatório da OMS para não prejudicar o negócio, embora acreditem que não irá refletir-se nos hábitos de consumo.
Já José Manuel Esteves, diretor-geral da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), procura tranquilizar os consumidores. "Somos um dos maiores consumidores de peixe e temos duas dietas importantes, a atlântica e a mediterrânica", afirma, destacando a importância do relatório: "Alerta a população e acaba por valorizar as nossas gastronomias".
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