Bebés em creche sofrem violência
Duas funcionárias foram alvo de processo disciplinar e queixa-crime por parte da Cáritas do Algarve.
Duas funcionárias do Centro Infantil ‘O Despertar’, em Faro, foram suspensas de funções por alegados maus-tratos a vários bebés com idades entre os seis meses e os dois anos de idade.
O caso já levou a própria Cáritas Diocesana do Algarve, responsável pela creche, a apresentar uma queixa-crime no Ministério Público.
Os alegados maus-tratos e agressões terão acontecido ao longo do passado ano letivo e levantaram suspeitas entre os pais dos bebés.
"O meu filho, com sete meses, vinha com marcas, mas eu comecei por achar que era normal, porque os bebés magoam-se uns aos outros. Só comecei a achar que não quando ele começou a aparecer com sinais que pareciam de unhas, no pescoço, e marcas que pareciam de dedos de um adulto, na cara", contou ao CM Cátia Marçalo, que entretanto tirou o filho do centro infantil.
Também Karen Castro acabou por fazer o mesmo com o filho, agora com 21 meses, após ter testemunhado e dado conhecimento de uma situação de "maus-tratos" por parte de outra funcionária - que continua em funções na instituição.
Contactado pelo CM, Miguel Neto, porta-voz da Diocese do Algarve, responsável pela Cáritas Diocesana do Algarve, confirmou a abertura de "um processo disciplinar às duas funcionárias em causa", o que levou à sua "suspensão imediata de funções". O responsável adiantou ainda que a Cáritas desencadeou um processo-crime para que o Ministério Público investigue as suspeitas.
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