Criador condenado à pena mais pesada de sempre por maus-tratos a animais
Maltratou 24 cães, sendo que oito não sobreviveram.
O Tribunal de Setúbal aplicou a pena mais pesada de sempre por maus-tratos a animais a um criador de cães de Palmela, no dia 2 de Maio. O homem de 60 anos, que também geria uma empresa agrícola, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa e sujeição a regime de prova por igual período por maltratar 24 cães.
Entre os animais descobertos a 10 de Outubro de 2015, oito morreram: trata-se de uma cadela e sete crias. Os restantes 17 foram acolhidos por uma associação de defesa dos animais, a que o criador terá de pagar €2.500. Além disso, o homem foi proibido de ter animais de companhia durante cinco anos. Será ainda acompanhado pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, conta o jornal Público
É a condenação mais pesada desde que lei entrou em vigor, em 2014.
A juíza decidiu que o homem é culpado por 17 crimes de maus-tratos a animais de companhia (correspondentes a cada um dos animais resgatados) e por oito crimes de maus-tratos agravados. Em vez de quatro anos e seis meses, poderia ter sido condenado à pena máxima de cinco anos.
O Tribunal concluiu que os 24 animais não eram bem alimentados, não tinham água limpa e em quantidade suficiente e viviam sem condições de saúde, higiene e conforto. Estavam infestados de parasitas internos e externos, e sujos com excrementos e urina. Não eram levados ao veterinário.
Os cães eram de diversas raças, como Labrador, Cane Corso, Spitz Alemão, Shar Pei e Buldogue Francês.
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