Unidades de saúde esperam meses por substituição de enfermeiros de baixa

Hospitais chegam a esperar três meses por novo profissional.

04 de junho de 2018 às 15:41
Ordem dos Enfermeiros diz que hospitais não têm verba para pagar Foto: Nuno André Ferreira
Ordem dos Enfermeiros, Hospital de Guimarães, advogado, Guimarães, Bastonária, Hospital da Senhora da Oliveira, saúde, enfermeiros, ordenados, salários Foto: Sérgio Lemos
Europa, Ordem dos Enfermeiros, Serviço Nacional de Saúde, OE, Serviço Público, Ana Rita Cavaco, enfermeiro, Instituto de Emprego e Formação Profissional Foto: Direitos Reservados

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A Ordem dos Enfermeiros denuncia casos de hospitais e centros de saúde que esperam meses para substituir um profissional que entra de baixa, quando a autorização do Ministério das Finanças devia demorar apenas 72 horas.

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"É necessária uma autorização do ministro das Finanças para substituir um enfermeiro ausente por doença ou licença parental e há hospitais que estão à espera por mais de três meses para substituir um profissional", afirmou a bastonária Ana Rita Cavaco, em declarações à agência Lusa.

A responsável lembra que o próprio diploma que instituiu a obrigatoriedade da autorização do Ministério das Finanças define que esse aval tem de ser dado num prazo de 72 horas.

Segundo Ana Rita Cavaco, a carência de enfermeiros "tem vindo a agravar-se" e a contratação imediata de profissionais para substituição de colegas ausentes tem sido dificultada.

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São vários os exemplos de unidades de saúde com dificuldades, refere a bastonária, que na terça-feira vai visitar o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, "onde a grave carência de enfermeiros já motivou demissões em bloco".

A Ordem refere ainda que um abaixo-assinado, com quase uma centena de subscritores, foi também enviado ao Ministério da Saúde e às câmaras municipais de Tondela e Viseu, alertando para o problema daquele Centro Hospitalar.

A exposição, também enviada à Ordem, manifesta que a carência de enfermeiros se tem agravado, "ao ponto de as condições de trabalho porem em causa a segurança dos próprios profissionais e dos doentes".

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