Idosa acamada tem de ir a junta médica

Mulher obrigada a provar estado de saúde para receber ajuda.

09 de setembro de 2018 às 09:00
Isabel com o neto antes de ser internada no Hospital Pulido Valente, em Lisboa Foto: Direitos Reservados
Hospital Pulido Valente Foto: Pedro Catarino
Hospital Pulido Valente Foto: Pedro Catarino

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Uma queda em casa há nove meses deixou Isabel Conceição, de 93 anos, residente na Damaia, Amadora, acamada e completamente dependente. Devido ao estado de saúde da idosa, a família solicitou, em fevereiro, o complemento de dependência à Segurança Social.

A resposta ao pedido apenas surgiu em julho e deixou Pedro Vaz, neto de Isabel, incrédulo. "No pedido informámos que a minha avó se encontrava acamada e mesmo assim foi exigido que ela se deslocasse a uma junta médica para que pudesse ser atestado o seu estado de saúde", explica.

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Perante a resposta, Pedro Vaz recusou-se a levar Isabel Conceição a uma junta médica, alegando que a avó "só se pode deslocar em situações de emergência" e enviou uma carta "a solicitar uma junta médica ao domicílio", mas até ao dia 31 de agosto não tinha recebido nenhuma resposta por escrito ao pedido.

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O CM contactou a Segurança Social, que alega que "no requerimento de complemento por dependência não é referido expressamente que a beneficiária se encontra acamada" e que já tem "agendada para o mês de setembro uma deslocação à residência da beneficiária".

O CM informou ainda a entidade que a idosa se encontra atualmente hospitalizada e sem previsão de ter alta nas próximas semanas: perante as novas informações a Segurança Social refere que está a "envidar esforços para a realização de uma deslocação à referida unidade hospitalar".

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