Moção ‘CM Não Esquece’ é entregue ao Governo
Tragédia de 2017, com mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida, não pode repetir-se.
"É um documento que dá voz a dezenas de especialistas e a pessoas que vivem em locais onde os incêndios mais acontecem. Foi esse acervo que deu origem a esta moção. Desejo agora muita sorte ao ministro porque no tema dos incêndios os portugueses estão claramente todos do mesmo lado", referiu Octávio Ribeiro, diretor geral editorial do CM e da CMTV.
"Desejamos ainda que se repita em 2019 o cenário de 2018, com zero mortes, porque isso é o mais importante, é não perder vidas humanas e perder o mínimo de hectares de floresta", acrescentou Octávio Ribeiro, com a promessa de continuar "a noticiar, alertar e escrutinar o trabalho neste setor".
Já Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, aplaudiu a iniciativa e revelou o plano de combate aos incêndios para este ano. "Em 2018 tivemos números encorajadores, com menos 68% de área ardida, mas isso não nos faz abrandar. Queremos reduzir o risco de queimas e queimadas e teremos reposição de meios. Nos Bombeiros, decidimos criar mais 40 equipas profissionais", adiantou.
Depois dos incêndios de 2017, o Correio da Manhã recolheu centenas de propostas dos portugueses sobre como prevenir novas tragédias e debateu-as em 15 conferências por todo o país. O resultado é a moção que foi hoje entregue ao Governo.
O documento apresenta cinco propostas: Criminalização dos incendiários, vigilância dos territórios e intervenção das forças militares, ordenamento florestal e desenvolvimento económico do interior, limpeza das matas e educação, formação e sensibilização.
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