PCP e CGTP sobem fasquia para os 850 euros
Central sindical exige subida “a curto prazo” do salário mínimo nacional, posição que foi ladeada por Jerónimo.
A CGTP defendeu esta quarta-feira a fixação do salário mínimo em 850 euros a "curto prazo". O valor marcou o discurso de Arménio Carlos, dirigente que abandona a liderança da CGTP no próximo ano. As intervenções do 1º de Maio foram sobretudo feitas com os olhos postos nas eleições legislativas.
A central liderada por Arménio Carlos vai apresentar as suas propostas aos partidos para que sejam consideradas nos programas eleitorais, adiantou o dirigente, defendendo a clarificação "antes de 6 de outubro", a data das legislativas. Jerónimo de Sousa alinhou ao lado da CGTP no aumento do salário mínimo.
"Portugal não pode continuar a viver com os trabalhadores empobrecidos", sublinhou o líder do PCP. As "35 horas semanais sem perda de retribuição" é outra das reivindicações da CGTP anunciadas na manifestação que reuniu milhares de pessoas em Lisboa, na alameda Afonso Henriques.
A líder do BE, Catarina Martins, que também participou nas comemorações, lembrou que o Parlamento tem "decisões importantíssimas" a tomar em termos laborais antes do final da legislatura, esperando que o 1º de Maio seja um "momento de assumir compromissos".
Já a UGT, que assinalou o dia em Braga, defende o aumento salarial, mas Carlos Silva apenas levantou a questão, não se comprometendo com valores.
E criticou a recusa da CGTP em assinar acordos com os parceiros sociais, em sede de Concertação Social: "Quem é que assinou o acordo de Concertação Social? Os mesmos de sempre, a UGT, os patrões e o Governo. Os camaradas do costume, que estão sempre na Concertação Social, aparecem na televisão mas não assinam acordos."
Supermercados fazem promoções em dia de greve sem grande impacto
Segundo o Sindicato do Comércio, a paralisação registou uma grande adesão, mas as empresas de distribuição dizem que o dia decorreu com normalidade, nos horários previstos. Apesar da greve, foram muitos os clientes a ir ao supermercado.
UGT contra sindicatos "descontrolados"
PORMENORES
Cabeçudo Costa
A liderar a manifestação da CGTP em Lisboa esteve um cabeçudo a imitar o primeiro-ministro, António Costa, sendo também visíveis faixas com mensagens contra a banca e em defesa dos salários.
Desfile nos Aliados
No Porto, a CGTP assinalou o 1º de Maio com o tradicional desfile na avenida dos Aliados e um comício. Já no Alentejo, em Évora, a manifestação seguiu do Teatro Garcia Resende até à Praça 1º Maio.
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