Gaivotas algarvias voam 5,5 mil quilómetros até à Escócia e Islândia

Aves foram tratadas em Olhão e posteriormente libertadas.

15 de junho de 2019 às 06:00
Gaivotas
Gaivotas Foto: D.R.
Gaivota, rara, Caparica Foto: Miguel Berkemeier

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Duas gaivotas que foram recolhidas e tratadas a problemas gastrointestinais no RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, em Olhão, e entretanto libertadas, voaram mais de 5 mil quilómetros, até à Escócia e à Islândia.

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As aves foram identificadas através da informação nas anilhas – sempre que o RIAS devolve aves à natureza, estas são anilhadas. Desta forma, sempre que alguém observa uma ave com anilha, sabe-se onde foi referenciada.

"Ficámos muito contentes com estes avistamentos porque significa que o nosso trabalho está a ser bem feito, e também nos dá dados científicos importantes acerca da migração destas aves e de como estão de saúde", explica Thijs Valkenburg, ornitólogo do RIAS.

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Uma das gaivotas foi avistada recentemente em Edimburgo, na Escócia, a 2,2 mil quilómetros do Algarve, no jardim de uma residência, à procura de comida.

A segunda gaivota "foi devolvida à natureza em 2016, e todos os anos recebemos informação que visita a Islândia, a 3,3 mil quilómetros. Já terá percorrido milhares de quilómetros durante as suas migrações ", explica o especialista. "Das 1500 gaivotas que já libertámos, mais de metade foram avistadas e estavam bem de saúde. O nosso trabalho deu-lhes uma segunda hipótese para poderem nidificar", refere Thijs Valkenburg.

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