Portugal adere a pacto europeu para reduzir plásticos nas embalagens
Objetivo é aumentar a reciclagem e reduzir o uso de plástico virgem em 2025.
Portugal aderiu esta sexta-feira a um pacto europeu para os plásticos que compromete o País com o objetivo de aumentar a reciclagem e reduzir o uso de plástico virgem em 2025.
Em declarações à agência Lusa, o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que se pretende acabar com o plástico de uso único a partir da conceção das embalagens, declarando que "é irracional fabricar bens de uso único com um material indestrutível".
João Pedro Matos Fernandes destacou que "não é um pacto contra os plásticos, mas a pensar no futuro dos plásticos, para que não sejam de uso único" e que se pense em favorecer a reciclagem.
"A mais banal garrafa de água de 33 centilitros tem três tipos de plástico: um para o corpo da garrafa, um para o rótulo e um para a tampa", indicou, defendendo que racionar o uso do material começa em "quem concebe, produz e distribui".
É preciso "projetar todos os produtos para serem sempre reutilizáveis e, no limite, recicláveis", defendeu, referindo que Portugal tem o seu próprio pacto nacional para os plásticos com objetivos semelhantes, uma iniciativa assinada este ano e apoiada pelo governo a que aderiram mais de 50 parceiros, entre autarquias, empresas ou universidades.
As metas até 2025 contempladas no pacto, uma iniciativa lançada pela fundação Ellen Macarthur, incluem reduzir a produção de plástico virgem em pelo menos 20%, aumento de 25 pontos percentuais na capacidade de reciclagem de todos os plásticos de embalagem e uso único, incluir pelo menos 30% de plástico reciclado nas embalagens descartáveis.
Este pacto europeu é o primeiro do género a nível regional e inclui 16 países da União e mais de 70 empresas de grande dimensão.
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