Venda de manjericos até às 18h00 e PSP nas ruas na noite de S. João
Policiamento trava ajuntamentos. Cafés fecham às 19h00 e restaurantes às 23h00. Transportes públicos reduzem as ligações.
Só a venda de manjericos dá um ar de festa à cidade do Porto e mesmo este negócio típico só poderá ser realizado, nesta véspera de São João, até às 18h00. A PSP reforçará, esta noite, o patrulhamento das ruas, juntamente com a Polícia Municipal, e apela à "não concentração de pessoas e que sigam as normas definidas pelas autoridades de Saúde, para evitar a multiplicação das redes de contágio". Cafés e pastelarias encerram às 19h00.
Os restaurantes fecham às 23h00. A Proteção Civil recomenda que não sejam lançados balões de São João, feitos de papel, para evitar fogos. A circulação na ponte Luiz I estará interdita e os transportes públicos estarão limitados: as últimas partidas em todas as linhas do Metro do Porto ocorrerão até às 23h30; a CP mantém a oferta regular, mas as ligações entre Campanhã e São Bento só serão realizadas até às 20h55.
Esta segunda-feira era difícil encontrar à venda alho-porro ou martelinhos. Os manjericos eram a exceção. "Nós não estamos a fazer contas se vendemos muito ou pouco. Os carros vão parando e até tenho vendido bem", disse ao CM Maria Soares, na praça da República. "O povo fica alegre de nos ver aqui porque não contavam com nada este ano", explica Abília Campos, vendedora das plantas típicas dos santos populares há 20 anos, naquele local. Hoje, o negócio terminará ao fim da tarde. "A festa vai ser em casa. Vou comer a sardinha assada e o cabrito, com uma boa pinga", referiu Margarida Marques, de 66 anos e que vende manjericos desde menina. Estas plantas aromáticas estão à venda em vários locais do Porto, desde a estação de S. Bento às praças do Marquês e da Batalha ou às ruas Júlio Dinis e das Carmelitas. E as quadras que os acompanham não têm qualquer referência à Covid-19.
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Ainda assim, ‘Fique em casa’ é o mote das festas de S. João. "Pela primeira vez, em mais de 800 anos de história, não queremos que a comunidade venha à rua, preferimos que fique em casa e que viva o S. João dentro de portas", indica o autarca Ricardo Rio.
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