Ventiladores avariados obrigam a devolver 140 aos fabricantes
Pandemia do novo coronavírus levou à compra de mais 1743 equipamentos.
A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou ontem que há 140 ventiladores nos quais foram detetados problemas e que não foram disponibilizados, tendo sido devolvidos aos fabricantes ou substituídos.
A divulgação dos dados referentes à dimensão dos equipamentos estragados a nível nacional surge depois do CM ter avançado que no Algarve há 30 ventiladores fabricados na China com falhas técnicas. Os 30 aparelhos foram comprados pelos municípios algarvios por 1,3 milhões de euros para serem utilizados nos hospitais de Faro e de Portimão, mas devido à avaria, o plano ainda não foi concretizado. Marta Temido esclareceu que os 30 aparelhos do Algarve não foram adquiridos pelo Serviço Nacional de Saúde. "Foram uma doação."
Antes do início da pandemia de Covid-19, Portugal tinha 1100 ventiladores. Entretanto, foram adquiridos mais 1743 equipamentos. Destes, 946 aparelhos foram comprados pelos serviços do Serviço Nacional de Saúde, 522 recebidos através de doação e 156 emprestados por diferentes organismos. Há ainda 119 que precisavam de peças e que foram, entretanto, recuperados.
Marta Temido explicou que além dos 140 aparelhos avariados, há 675 que também não estão operacionais: 470 estão em testes e 205 em apreciação. Os ventiladores são decisivos nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) para apoiar a respiração de um doente com compromisso grave da função pulmonar.
A Área da Grande Lisboa é a região do País com um maior número de novos casos. Ontem, de um total nacional de 312 novos infetados com Covid-19, 236 (75%) foram em Lisboa e Vale do Tejo. Nas próximas 48 horas, a verificar-se uma evolução semelhante, o território que integra a capital terá mais casos de que todas as outras regiões do País juntas. A Grande Lisboa conta agora com 134 surtos de Covid-19, de um total nacional de 206.
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