80 mil já utilizam nova aplicação que permite saber se esteve exposto à Covid-19
App StayAway garante a privacidade. Costa e Temido falam em “dever cívico”.
"É um dever cívico que todos instalem esta aplicação. É mais um instrumento importante. Não permite falsos alertas .” O apelo foi deixado pelo primeiro-ministro, António Costa, na sessão de apresentação da StayAway Covid, uma nova aplicação que permite fazer o rastreio de contactos de infeção por Covid-19. A cerimónia decorreu, esta terça-feira, no Instituto Superior de Engenharia do Porto. Disponível desde o último fim de semana, mais de 80 mil pessoas já a descarregaram.
“Eu estou ainda em processo de instalação, mas amanhã deve ficar concluído”, revelou a ministra da Saúde, também presente na cerimónia. A nova aplicação permite que quem estiver infetado possa, através de um código fornecido pelo médico, introduzi-lo na app e esta irá emitir uma alerta a outros utilizadores, com quem tenha estado nos últimos 15 dias. “É confidencial, voluntária e segura, constituindo um importante instrumento no regresso às aulas e regresso à normalidade possível” disse. Portugal é, assim, o nono país europeu a ter uma app do género a uso.Quase um milhão sem conseguir acessoApesar do apelo feito pela ministra da Saúde e pelo primeiro-ministro – que garantem já ter descarregado a nova app de rastreio à Covid-19 –, nem todos conseguem ter acesso a esta aplicação: pelo menos 800 mil portugueses não têm tecnologia compatível. O sistema operativo dos telemóveis é uma das condicionantes. Pelo menos 30% dos dispositivos Apple e 6,7% com sistema Android não conseguirão descarregar a nova app e Marta Temido destaca a necessidade de “calibragem e aperfeiçoamento”.Deco Proteste coloca reservas à instalação da StayAway Covid devido a dados pessoaisA Deco colocou esta terça-feira reservas à instalação nos telemóveis da aplicação StayAway Covid, invocando a possibilidade de uso indevido de dados pessoais pela Google e Apple. “Não podemos recomendar a instalação da [app] sem reservas”, refere a associação de defesa do consumidor, salientando que o sistema de notificação usado não segue o princípio da abertura de código e transparência sobre entidades envolvidas no tratamento de dados.
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