Centro Hospitalar de São João mantém nível de contingência mas pode alargar espaços

Está prevista a abertura de novas enfermarias, mas não está em causa a suspensão de atividade programada.

23 de maio de 2022 às 14:29
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O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) decidiu esta segunda-feira não elevar o nível de contingência para a covid-19, mantendo-se no patamar 2 que pode implicar o alargamento de espaços de enfermaria, mas não a interrupção de atividade programada.

"Será revista a necessidade [de mudar ou não de nível de contingência] durante a semana", disse o CHUSJ em mensagem enviada às redações.

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Já contactada pela agência Lusa, fonte do CHUSJ confirmou que a manutenção do plano de contingência no nível 2 pode significar o alargamento de espaços, nomeadamente com abertura de novas enfermarias, mas não está em causa a suspensão de atividade programada (consultas e cirurgias).

No CHUSJ estão à data desta segunda-feira internados 104 doentes com SARS-CoV-2, 11 dos quais em cuidados intensivos.

A manutenção no nível de contingência atual é possível graças a "um elevado esforço de gestão e planeamento de camas e recursos humanos", lê-se na nota do CHUSH.

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De acordo com a mesma fonte, a afluência aos serviços de urgência diminuiu durante o fim de semana.

No entanto a taxa de positividade à covid-19 foi de 55% no sábado e 43% no domingo, nos doentes com queixas respiratórias.

Na quarta-feira, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, Nelson Pereira, avançou que estava a ser ponderada a ativação do nível de contingência deste centro hospitalar.

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"Estamos a chegar às 08:00 de cada dia sem nenhuma vaga no hospital", disse Nelson Pereira, que, em declarações aos jornalistas junto ao serviço de urgência deste hospital, explicou estar em causa a ativação do nível 3 do plano de contingência, a qual poderia implicar suspensão de 20% da atividade programada.

O responsável contou que o CHUSJ somava cerca de 200 profissionais infetados e aproveitou para exigir medidas "coerentes" à tutela.

"Não tenho dúvida nenhuma da necessidade de generalizar o acesso aos testes para que os serviços de urgência, que são neste momento o ponto mais fulcral desta pressão, possam ser aliviados. Enterrar a cabeça na areia não faz sentido", referiu.

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