Padre Frederico deixa de ser padre 31 anos depois de matar escuteiro
Tribunal do Funchal provou que Frederico Cunha atirou um rapaz de uma falésia, no Caniçal.
Por decisão do Papa Francisco, o conhecido padre Frederico, que há 31 anos foi condenado pelo homicídio de um escuteiro de 15 anos, no Caniçal, Ilha da Madeira, deixa de ser padre e de estar obrigado ao celibato.
A notícia é hoje divulgada pela Diocese do Funchal, no seu site oficial, e surge depois de um pedido de esclarecimento, feito em abril de 2023, pelo bispo Nuno Brás, acerca da situação clerical do antigo sacerdote.
Ao dicastério para a Doutrina da Fé, D. Nuno Brás perguntou como proceder no caso do então Padre Frederico Cunha, uma vez que, apesar de há muitos anos o seu nome não constar do elenco dos sacerdotes da Diocese nem exercer nesta diocese qualquer ministério, nunca tinha existido qualquer processo canónico a propósito dos atos de que era acusado.
A resposta da Santa Sé chegou ao Funchal no passado dia 16, com a indicação de que, "levado o caso ao conhecimento do Santo Padre, o Papa Francisco tinha decretado a demissão do estado clerical do Senhor Frederico Marcos da Cunha, e o tinha dispensado das obrigações do celibato".
Mas na resposta, o Papa também pediu que esta decisão fosse tornada pública na página oficial da diocese, o que aconteceu ontem.
Assim, 31 anos depois de condenado por homicídio de um jovem com quem manteria um relacionamento amoroso, Frederico Cunha é expulso do sacerdócio.
Em 1993, o Tribunal do Funchal deu como provado que o então padre Frederico Cunha atirou, de uma falésia, o referido rapaz, supondo-se que ele tenha pretendido colocar um ponto final no relacionamento entre os dois.
Cinco anos depois, o então sacerdote, de nacionalidade brasileira, aproveitou uma saída precária e foi de carro até Madrid, onde apanhou um avião com destino ao Rio de janeiro, onde hoje reside.
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