Enfermeiros do hospital de Santarém em protesto por "condições de trabalho dignas"

Adesão à greve supera os 85%.

21 de agosto de 2024 às 15:45
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A adesão dos enfermeiros à greve na Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, centralizada no Hospital de Santarém, rondou os 86,5% e condicionou o funcionamento de vários serviços como a urgência, o bloco operatório, a cirurgia de ambulatório e a maioria dos serviços de internamento.

Segundo Nuno Lopes, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que convocou esta paralisação nos turnos da manhã e tarde desta quarta-feira, alguns dos motivos "são de âmbito nacional, como a valorização da grelha salarial e a valorização do trabalho do enfermeiro, mas há também motivos a nível local".

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Nesta ULS, os enfermeiros queixam-se sobretudo da falta de pessoal, "que leva a uma movimentação frequente de enfermeiros de um serviço para outro sem estarem devidamente integrados", e o volume de horas extraordinárias, "que faz com que seja muito difícil conciliar a vida profissional com a vida familiar", explica Nuno Lopes.

O novo Conselho de Administração (CA), que tomou posse em fevereiro, não está a conseguir resolver os problemas que a classe enfrenta, segundo o Sindicato dos Enfermeiros.

Da parte do CA, "há abertura para trabalhar em áreas que se vão conseguindo resolver, mas a questão de falta de pessoal, em que tem que pedir ao Ministério a abertura das vagas e o seu preenchimento, tem sido um processo muito lento e que não resolve os problemas", afirma Nuno Lopes.

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