Apoio para os professores deslocados dá para ir a casa todos os fins de semana
Subsídio mensal varia entre 150 e 450 euros, dependendo da distância da escola à residência fiscal do docente.
O apoio financeiro para os professores deslocados é suficiente para poderem ir a casa todos os fins de semana.
O valor do subsídio mensal (só não é pago em agosto) é de 150 euros para os professores colocados numa escola entre 70 e 200 quilómetros da residência fiscal, de 300 euros para os que distam entre 201 e 300 quilómetros, e de 450 euros para os que estiverem a mais de 300 quilómetros de casa.
Tomando como referência um consumo de 6 litros de combustível por cada 100 quilómetros, e a um preço de 1,80 euros por litro (10,80 €/ 100 km), os docentes terão um apoio que poderá dar para 83, 167 ou 250 litros de combustível, que permitirá percorrer 1383, 2780 ou 4167 quilómetros. Ou seja, o suficiente para realizar entre 7 e 20 viagens por mês. As distâncias, para cálculo do valor a atribuir a cada professor, serão contabilizadas por estrada e não em linha reta.
O diploma que estabelece apoio para os docentes deslocados ou colocados em escolas carenciadas foi esta quinta-feira promulgado pelo Presidente da República. No mesmo decreto-lei, é definido o novo concurso extraordinário para recrutar professores, que deverá ficar concluído até novembro. Poderão candidatar-se apenas os professores contratados, deixando de fora aqueles que já entraram para os quadros, mas, ao contrário dos anteriores, o novo concurso é alargado aos docentes com habilitação própria, ou seja, sem a habilitação profissional necessária para integrarem a carreira docente e que implica um mestrado em Ensino.
Esta quinta-feira iniciou-se o ano letivo, com milhares de alunos, do pré-escolar ao secundário, sem professores a pelo menos uma disciplina. Nos próximos dias, avisa o ministro da Educação, a situação poderá agravar-se. Às vagas por preencher, poderá ser necessário substituir docentes que apresentam baixa médica, explicou à Lusa Fernando Alexandre.
Esta quinta-feira iniciou-se o ano letivo, com milhares de alunos, do pré-escolar ao secundário, sem professores a pelo menos uma disciplina. Nos próximos dias, avisa o ministro da Educação, a situação poderá agravar-se. Às vagas por preencher, poderá ser necessário substituir docentes que apresentam baixa médica, explicou à Lusa Fernando Alexandre.E TAMBÉM
EX-MINISTRO GOVERNO MENTE
O ex-ministro da Educação João Costa acusou o Governo de inflacionar o número de alunos sem aulas no início do ano letivo passado, citando dados oficiais que apontam para 72 mil e não 324 mil. João Costa explicou, no Parlamento, que após o início do ano letivo muitos docentes meteram baixa, ficando 144 mil alunos sem aulas.
No início da semana ficaram por ocupar 1091 horários, após a segunda reserva de recrutamento, a que se somam os horários diariamente disponibilizados através da contratação de escola - e que na quinta-feira seriam mais de 2200.
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