Calor tórrido agrava mortalidade

Mais de 300 óbitos diários num período marcado por temperaturas na ordem dos 40 graus.

31 de julho de 2025 às 01:30
Registo da Direção-Geral da Saúde indica que 163 dos 333 mortos na terça-feira tinham mais de 85 anos Foto: Nuno André Ferreira
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O final de julho fica marcado por um agravamento das altas temperaturas que atingiram em vários locais os 40 graus. O calor tórrido está associado a um aumento da mortalidade. Nesta terça-feira morreram 333 pessoas, quando a média neste dia nos últimos 19 anos é de 308 mortes. 

De acordo com os dados elaborados diariamente pela Direção-Geral da Saúde, a maior parte dos óbitos ocorrido na terça-feira foram de pessoas idosas: 163 das vítimas mortais tinham mais de 85 anos; 91 tinham idades compreendidas entre os 75 e os 85 anos. 

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"Temos de ter muito cuidado com o calor extremo junto da população mais idosa", refere o presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, Rui Nogueira.

"Com o calor extremo, tal como o frio extremo, as funções mais importantes do organismo nos idosos ficam facilmente perturbáveis e as pessoas começam a sentir-se mal, nomeadamente pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca, hipertensão, bronquite crónica, asma ou insuficiência renal", acrescenta Rui Nogueira sublinhando que junto dos "idosos é preciso ter em atenção se bebem água". "Por normas os idosos nunca têm sede, o que representa um risco com temperaturas elevadas", disse. 

O registo de 333 óbitos de terça-feira é o segundo valor mais alto em 10 anos, depois dos 349 mortos verificados no mesmo dia de 2024. Adianta ainda o sistema de informação 'Vigilância da Mortalidade' que se verificam mais de 300 mortos diários desde o dia 26 de julho.

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