Acionistas recusam exigência da ADSE
Subsistema dos funcionários públicos queria ter um representante nos órgãos sociais.
A ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos, está a elaborar acordos prioritários com alguns parceiros para agilizar o acesso dos seus associados aos serviços de saúde. Mas, no caso do Hospital da Cruz Vermelha (HCV), não teve sucesso.
A ADSE queria ter um representante nos órgãos sociais do hospital em troca desse acordo, algo que a CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, da qual são acionistas a Cruz Vermelha e a Parpública (empresa do Estado), recusou.
E, ao que o CM apurou, a ADSE até já tinha uma lista, encabeçada pelo médico Rui Julião, para apresentar na próxima reunião da assembleia geral do hospital, marcada para 5 de maio.
Em declarações ao CM, o presidente da Cruz Vermelha, Francisco George, explica que a instituição tem interesse no acordo prioritário, mas não aceita a entrada de representantes nos órgãos sociais.
"A ADSE não tem representantes nos órgãos sociais porque não é acionista", refere o responsável, lembrando que há algum tempo, antes da sua entrada na instituição (que aconteceu em novembro de 2017), a ADSE tinha manifestado interesse em adquirir a parte da Parpública, empresa do Estado que detém 45% da sociedade que gere o Hospital da Cruz Vermelha, mas esta entidade acabou por recuar.
Empresa do Estado detém quota de 45%
A Parpública detinha, segundo a carteira relativa a setembro de 2017, participações em várias sociedades, como por exemplo 7,48% da Galp Energia, 31,06% da Isotal - Imobiliária do Sotavento do Algarve, 5% da Efacec International Financing e 0,02% da NOS.
Demasiado centrado numa especialidade
Demasiado centrado numa especialidadeContactada pelo CM, fonte da ADSE nega a apresentação de lista e diz que não houve acordo porque "a Cruz Vermelha tem uma estratégia diferente para o hospital", estando "muito centrada na Cardiologia". SAIBA MAIS 1965
O Hospital da Cruz Vermelha foi inaugurado em 1 de fevereiro de 1965. Fica localizado na freguesia de São Domingos de Benfica.
Henry Dunant
Cofundador, em 1863, em Genebra (Suíça), do Comité Internacional de Socorro aos Militares Feridos em Tempo de Guerra, que em 1875 passou a Comité Internacional da Cruz Vermelha.
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