Administração do Hospital de Beja abre inquérito
Direção quer saber causas da permanência de doente nas urgências.
A administração do hospital de Beja anunciou esta terça-feira um inquérito para apurar as razões da permanência de um doente oncológico nas urgências durante vários dias, assegurando haver capacidade de internamento nos serviços hospitalares.
A decisão de instaurar um processo de inquérito foi divulgada num comunicado, enviado esta terça-feira à agência Lusa, pelo conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), após o PCP ter questionado o Governo sobre o caso, indicando que aos familiares foi dada a informação de que o idoso não era internado porque não existiam camas de oncologia disponíveis.
No esclarecimento divulgado esta terça-feira, a ULSBA, que integra o Hospital José Joaquim Fernandes (HJJF) em Beja e todos os centros de saúde do distrito, com exceção do de Odemira, afirma que "há instruções claras da direção clínica hospitalar para o internamento destes doentes, nos diferentes serviços do hospital".
"Não é, portanto, regular o tempo de permanência no serviço de urgência, havendo capacidade de internamento nos serviços atualmente existentes no HJJF", considera a administração, que decidiu instaurar o processo de inquérito. O inquérito, segundo o comunicado, pretende também apurar "se foram cumpridos os procedimentos habituais de referenciação para o internamento".
Indicando que se trata de um doente oncológico "com necessidade de cuidados paliativos", a ULSBA esclarece que o idoso está internado desde sexta-feira no Serviço de Ortopedia e que cumpriu a sua última sessão de radioterapia na segunda-feira, tendo sido "devidamente orientado pela Equipa de Gestão de Altas para a rede de Cuidados Paliativos".
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