Aeroporto de Lisboa disponibilizou 328 camas aos passageiros

Mais de 1 000 refeições foram distribuídas por quem viu os seus voos serem cancelados.

11 de maio de 2017 às 19:20
Passageiros mostram caos no Aeroporto de Lisboa Foto: Direitos Reservados
Passageiros mostram caos no Aeroporto de Lisboa Foto: Direitos Reservados
Passageiros mostram caos no Aeroporto de Lisboa Foto: Direitos Reservados
Portugal, Petrogal, ANA, Aeroporto Humberto Delgado, Aeroporto de Lisboa, João Nunes, transportes, aviação Foto: Direitos Reservados
Portugal, Petrogal, ANA, Aeroporto Humberto Delgado, Aeroporto de Lisboa, João Nunes, transportes, aviação Foto: Direitos Reservados

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A ANA - Aeroportos de Portugal disponibilizou 328 camas de campanha e distribuiu mais de 1 000 refeições aos passageiros que viram os seus voos cancelados na sequência de uma avaria no abastecimento de aviões no Aeroporto de Lisboa.

Em comunicado, a empresa explicou ter ativado o plano de emergência devido às "significativas perturbações" causadas pela avaria detetada pelas 12:00 de quarta-feira e que só ficou resolvida pelas 00:30 de hoje.

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O plano de emergência "possibilitou o regresso à normalidade hoje pelas 10:30", lê-se na nota, que dá conta da criação de zonas de repouso, a disponibilização de 328 camas de campanha e a distribuição de mais de 1.000 refeições aos milhares de passageiros com voos cancelados.

A DECO - associação de defesa dos consumidores considerou hoje que "não foram acautelados os direitos dos passageiros" no aeroporto, o que "é inaceitável", adiantando ter pedido reuniões com a ANA e com a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para encontrar uma solução que proteja as pessoas lesadas.

Como alternativa ao sistema de abastecimento foram utilizados quatro camiões-cisterna, indicou a empresa, que "solicitou às autoridades competentes a identificação das causas exatas desta situação anómala".

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A ANAC anunciou esta manhã a abertura de um processo de averiguações à avaria no sistema de abastecimento de aviões no Aeroporto Humberto Delgado, para "apurar as circunstâncias da falha e futuras medidas a tomar".

Fonte oficial da ANAC, regulador do setor da aviação, disse que "decidiu abrir um processo de averiguações e encontra-se a efetuar as diligências necessárias de forma a apurar as circunstâncias da falha e futuras medidas a tomar, com vista a garantir que a situação de inoperacionalidade de ontem não se volte a verificar".

Entretanto, o Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) afirmou à Lusa que o problema no abastecimento está associado à greve, que se iniciou sábado e terminou hoje, dos trabalhadores da Petrogal.

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"Para nós, o problema [no Aeroporto de Lisboa] não está dissociado do facto de estarmos em greve", afirmou o presidente do SICOP, Rui Pedro Ferreira.

Já em comunicado, a federação do setor, a Fiequimetal, questionou "se será apenas coincidência o facto de ter acontecido hoje [na quarta-feira] uma estranha avaria no sistema de bombagem de combustível do Aeroporto Humberto Delgado".

Contactada pela Lusa, fonte oficial do GOP - Grupo Iperacional de Combustíveis, liderado pela Petrogal e que reúne as principais petrolíferas, responsável pelo abastecimento dos aviões, disse que "está já a decorrer o processo para determinar a origem do incidente ocorrido, aguardando-se as respetivas conclusões".

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