Agricultores do Baixo Mondego vão pernoitar em Coimbra

Mais de 200 tratores e máquinas agrícolas bloquearam as estradas na cidade.

01 de fevereiro de 2024 às 17:36
Agricultores do Baixo Mondego em protestos Foto: Paulo Novais
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Os agricultores da zona do Baixo Mondego que "invadiram" esta quinta-feira à tarde a Avenida Fernão Magalhães, na Baixa de Coimbra, vão reunir com a Direção Regional de Agricultura e Pescas e pernoitar na cidade.

Mais de 200 tratores e máquinas agrícolas começaram a entrar na cidade de Coimbra às 14h00 e pouco depois das 15h00 já bloqueavam por completo uma parte daquela artéria, no sentido do centro da cidade. Às 16h00, a circulação automóvel já era permitida numa via em cada sentido da avenida.

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Os manifestantes salientaram à agência Lusa que vão pernoitar no local e que os tratores e máquinas agrícolas já não vão sair do sítio que ocupam.

Apesar de não existir hora marcada, o agricultor João Grilo, de Coimbra, disse que uma delegação vai reunir com a Direção Regional de Agricultura do Centro.

Os agricultores iniciaram o protesto cerca das 10h30, em Montemor-o-Velho, com uma marcha lenta a partir da Estrada Nacional (EN) 111 em direção à avenida Fernão Magalhães, na Baixa de Coimbra.

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Sob muitas buzinadelas, as viaturas chegaram à baixa de Coimbra, onde a PSP já tinha reservado uma área para estacionamento, que não foi suficiente face à quantidade de tratores e máquinas agrícolas.

"A razão da inflação não está na produção", é uma das principais frases dos agricultores, que se queixam de várias situações.

A manifestação, aparentemente espontânea e não integrada na programação do protesto do Movimento Civil Agricultores de Portugal, que esta quinta-feira decorre em vários pontos do país, partiu de um grupo de produtores agrícolas do Baixo Mondego, que se concentraram em Montemor-o-Velho, a cerca de 25 quilómetros de Coimbra.

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O protesto decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.

O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para "se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural".

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