Ambientalistas criticam carros na futura ponte sobre o Tejo
Deveria ser apenas para comboios, mas planos terão sido alterados. Associação Zero fala em “má notícia” e ainda espera que seja revertida.
A associação ambientalista Zero contesta a decisão de construir a futura ponte sobre o Tejo também para transporte rodoviário, depois de inicialmente ter estado prevista apenas para comboios. “A ponte assim vai ser um indutor de tráfego rodoviário, quando precisamos é de reduzir este transporte privado e fazer aumentar o transporte público ferroviário, com ligações eficientes ao novo aeroporto, a Madrid e ao Porto”, afirmou ao CM Pedro Nunes, da Zero, considerando ser “uma má notícia” que ainda espera “reverter”, tendo em conta que “a emissão de gases com efeito de estufa está descontrolada”.
Terceira travessia do Tejo
O Governo já terá tomado a decisão de apostar numa ponte para carros e comboios, seguindo a solução apontada pela Infraestruturas de Portugal (IP), de acordo com o ‘Expresso’. Na decisão terá pesado sobretudo a necessidade de ter um bom acesso rodoviário ao novo aeroporto em Alcochete.
Ao CM, o Ministério das Infraestruturas e Habitação afirmou que, “neste momento, o processo está em análise e, em momento oportuno, será tomada uma decisão sobre a matéria”.
Quanto a prazos, o objetivo é ter “concluídos até final de 2026” os estudos prévios e de impacto ambiental para a ponte e linha de alta velocidade Lisboa-Poceirão-Évora. Pedro Nunes alerta que a ponte também para carros custa mais 600 milhões.
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