Aposta no emprego de pessoas com deficiência  

A empregabilidade nas pessoas com deficiência tem crescido mais no grupo etário dos 45 aos 64 anos. A retenção destes trabalhadores nas empresas é boa notícia, mas este dado “parece indiciar que não há nova contratação de pessoas com deficiência” e que “a lei das quotas não está a ter o impacto desejado no recrutamento nas camadas mais jovens da população com deficiência”, indica ao CM Paula Campos Pinto, do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos da Universidade de Lisboa. Por isso este é um tema fulcral do plano de ação da Rede Capital Social, que agrega empresas, entidades e instituições da sociedade civil - incluindo a Medialivre, que detém o CM, CMTV e NOW - na resolução de problemas sociais.

“Grave é não termos uma profundidade de dados que nos permitam perceber em que patamar estamos na empregabilidade de pessoas com deficiência”, indica Inês Sequeira, CEO da rede. Esta organização apresentou ontem, no Porto, 20 medidas sobre esta questão: nove de filantropia, 11 de advocacy (estratégia de mudança de políticas públicas). “A execução da lei depende das empresas. Podemos ter uma boa política pública, mas se não temos empresas acompanhadas para fazerem a inclusão destas pessoas, isso não resolve o problema”, conclui Inês Sequeira.