EDP provoca cheias em Coimbra
Convento, cuja recuperação custou 15 milhões, está alagado.
"A informação não chegou em tempo útil para podermos agir", disse Manuel Machado, autarca de Coimbra. Entre as zonas afetadas está o Convento de Santa Clara-a-Velha, que nos anos 90 do século passado foi restaurado com um custo para o Estado de 15 milhões de euros. A Direção Regional de Cultura do Centro vai enviar um relatório dos danos à EDP.
Os autarcas exigem conhecer o critério que enquadrou as descargas efetuadas entre 9 e 11 de janeiro e querem saber se existe e qual é o plano de emergência externo da Aguieira e conhecer o relatório de descargas do último trimestre.
Os presidentes de câmara defendem que o Mondego tem de ser desassoreado e que é necessária uma avaliação dos diques e das pontes. "Uns estão a ganhar dinheiro a vender eletricidade e nós estamos a ter despesa para desassorear, é injusto", concluiu Manuel Machado.
A EDP garantiu que a barragem da Aguieira cumpriu a função de contenção de caudais de cheia, "apesar da subida brusca dos caudais afluentes". Adianta que "fez uma exploração controlada e com segurança" em articulação com a APA, a quem compete o aviso às entidades.
Em relação ao Douro, APA assegurou que "todas as estações de monitorização relevantes para emitir alertas hidrológicos" estavam operacionais nas cheias que afetaram o Porto.
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