EDP provoca cheias em Coimbra

Convento, cuja recuperação custou 15 milhões, está alagado.

14 de janeiro de 2016 às 08:46
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"A informação não chegou em tempo útil para podermos agir", disse Manuel Machado, autarca de Coimbra. Entre as zonas afetadas está o Convento de Santa Clara-a-Velha, que nos anos 90 do século passado foi restaurado com um custo para o Estado de 15 milhões de euros. A Direção Regional de Cultura do Centro vai enviar um relatório dos danos à EDP.

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Os autarcas exigem conhecer o critério que enquadrou as descargas efetuadas entre 9 e 11 de janeiro e querem saber se existe e qual é o plano de emergência externo da Aguieira e conhecer o relatório de descargas do último trimestre.

Os presidentes de câmara defendem que o Mondego tem de ser desassoreado e que é necessária uma avaliação dos diques e das pontes. "Uns estão a ganhar dinheiro a vender eletricidade e nós estamos a ter despesa para desassorear, é injusto", concluiu Manuel Machado.

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A EDP garantiu que a barragem da Aguieira cumpriu a função de contenção de caudais de cheia, "apesar da subida brusca dos caudais afluentes". Adianta que "fez uma exploração controlada e com segurança" em articulação com a APA, a quem compete o aviso às entidades.

Em relação ao Douro, APA assegurou que "todas as estações de monitorização relevantes para emitir alertas hidrológicos" estavam operacionais nas cheias que afetaram o Porto.

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