Autoridades apelam ao combate ao sarampo com vacina

Pessoas vacinadas podem contrair a doença, mas numa forma menos grave.

24 de março de 2018 às 10:19
Doente com sarampo Foto: iStockphoto
Frasco com MMRVax, uma das duas marcas de vacina contra o sarampo adquiridas pelo Estado português em 2017 Foto: Direitos Reservados
Número de adultos infetados com sarampo continua a aumentar Foto: Lusa

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O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi criado há 53 anos. Em janeiro de 2017, entrou em vigor uma versão ajustada aos novos tempos de um País onde a varíola foi erradicada e o sarampo era uma doença considerada eliminada. Um mês depois, Portugal registava dois surtos de sarampo em simultâneo, dos quais resultou uma morte. Já este ano, o vírus voltou a propagar-se.

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É certo que a vacinação "não é 100% eficaz, porque as pessoas vacinadas podem apanhar novamente a doença, mas geralmente é uma forma atenuada e menos grave", explica ao CM Hugo Rodrigues, médico pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho.

No caso do mais recente surto, que se concentra sobretudo na região Norte do País, a vacina estará a ser fundamental para que não se desenvolvam formas mais agressivas de sarampo.

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Segundo a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, este é um "surto característico dos países desenvolvidos, com altas taxas de vacinação", caso contrário a doença já se teria entranhado "em comunidades e crianças", o que é uma amostra do "alto nível de imunidade" no País, visto que só tem ocorrido "em adultos jovens".

Também o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, tem apelado à vacinação, lembrando que, nos casos das pessoas vacinadas, a doença pode manifestar-se, mas de forma ténue e a capacidade de transmissão é muito reduzida.

Desde que foram conhecidos os primeiros casos, duas a três mil pessoas já se vacinaram contra o sarampo, estima a Direção-Geral da Saúde, que apela aos pais para não atrasarem a vacinação das crianças: deve ser feita aos 12 meses e aos cinco anos.

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68 casos e 19 já estão curados

Estão ainda em investigação 32 casos suspeitos, a maioria com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto.

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