Barragens sob suspeita de corrupção
GEOTA apresenta queixa junto da Procuradoria-Geral da República.
Uma queixa-crime é apresentada esta manhã pelo GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente - junto da Procuradoria-Geral da República, em Lisboa.
A organização ambientalista coloca em causa as decisões tomadas pelo responsáveis políticos e técnicos envolvidos na construção das novas barragens.
Entende o Geota que há "suspeitas de corrupção e tráfico de influências nas barragens do Tâmega, Tua e Sabor". É pedido ao Ministério Público que dê especial atenção às obras incluídas no Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.
Os ambientalistas contestam a construção das barragens da Foz Tua e Sistema Eletroprodutor do Tâmega que integra as barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega.
Também são levantadas dúvidas de segurança sobre a construção de Fridão. Em caso de uma falha grave, esta barragem liberta um ‘muro’ de água com 12 metros de altura que levaria 14 minutos a chegar a Amarante. Também o aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor é colocado em causa.
Refere o GEOTA que a multinacional brasileira Odebrecht é suspeita de ter efetuado seis transferências de quase 750 mil euros em subornos relacionados com a barragem do Baixo Sabor.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt