Bolsas do Ensino Superior podem chegar a mais de 10 mil euros. Estudantes desconfiam do anúncio

Novo modelo de ação social muda paradigma e bolsas chegam a duplicar para alunos mais pobres, que recebem ainda uma bolsa extra de 1045 euros no 1.º ano.

05 de dezembro de 2025 às 01:30
Estudantes esperam mais detalhes da proposta do Governo Foto: Catarina Nunes
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O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) apresentou uma proposta de novo modelo de ação social no ensino superior que prevê bolsas que podem chegar a mais de 10 mil euros. Um estudante de mestrado deslocado em Lisboa em residência universitária e cujo agregado tenha rendimentos abaixo do limiar de pobreza pode ter uma bolsa anual de 10 480 euros, o dobro dos 5177 euros que aufere no atual modelo, segundo uma simulação do MECI.

Mas também se pode receber menos, no caso de um aluno de licenciatura não deslocado a estudar em Tomar e abaixo do limiar de pobreza: desce de 2991 para 2610 euros. O cálculo da bolsa passa a ser feito com base “na diferença entre o custo real de estudar no concelho e o rendimento que a família pode disponibilizar ao estudante para frequentar o ensino superior”. O valor terá em conta se o aluno é deslocado. Haverá ainda uma bolsa extra de 1045 euros no 1.º ano para alunos com escalão 1 do abono de família no Secundário.

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“Parece um modelo positivo, com maior progressividade, vemos com bons olhos a bolsa extra, mas preocupa-nos se haverá financiamento, e ainda não conhecemos a fórmula para perceber quais os valores para estudantes acima do limiar de pobreza, mas sem meios suficientes”, disse ao CM Pedro Neto Monteiro, presidente da Federação Académica de Lisboa.

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