Câmara de Lisboa aprova 2,4 milhões de euros para juntas realizarem trabalhos de higiene urbana este ano
Plano foi aprovado por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do PCP.
A Câmara de Lisboa aprovou esta segunda-feira a celebração de contratos de delegação de competências na área da higiene urbana com as 24 freguesias da cidade, atribuindo 100 mil euros a cada para este ano, totalizando 2,4 milhões de euros.
Em reunião privada do executivo camarário, a proposta para submeter à assembleia municipal a autorização para celebração de contratos de delegação de competências entre o município e as freguesias de Lisboa foi aprovada por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do PCP.
Fonte do gabinete do presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), disse à Lusa que a proposta teve os votos a favor dos 15 restantes membros do executivo municipal (constituído por 17 eleitos no total), nomeadamente sete da liderança PSD/CDS-PP, cinco do PS, um do Livre, um do BE e um da independente eleita pela coligação PS/Livre.
Estes contratos de delegação de competências são para que as juntas de freguesia continuem a assegurar a "recolha de resíduos indevidamente depositados junto de ecopontos e ecoilhas de superfície, ecopontos subterrâneos, vidrões e outros equipamentos de deposição de resíduos", de acordo com a proposta apresentada pelo vereador da Higiene Urbana, Ângelo Pereira (PSD).
A proposta prevê 100 mil euros para cada uma das 24 freguesias lisboetas para este ano, o que corresponde a um total de 2,4 milhões de euros.
Fonte da vereação do PCP justificou o voto contra com a posição de que a prestação de serviços na área da higiene urbana deve estar centralizada na Câmara Municipal de Lisboa, para permitir mais eficácia e melhor gestão dos recursos, inclusive para evitar a contratação precária de trabalhadores, assim como uma resposta mais célere e operacional, sem potenciar intervenções díspares consoante a junta de freguesia.
Segundo a proposta, "existem situações pontuais no setor da higiene urbana, em especial, necessidade de recolha de resíduos que exigem intervenção célere, eficaz e eficientes soluções, cuja execução pelas freguesias poderão ser alcançados de melhor forma".
Em 10 de maio, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), acusou o executivo camarário de Carlos Moedas (PSD) de "inércia" na renovação dos contratos de delegação de competências e ameaçou interromper o desempenho de tarefas na área da higiene urbana a partir de junho.
Depois desta posição, a Câmara de Lisboa assegurou que iria renovar os contratos de delegação de competências com as 24 juntas de freguesia da cidade.
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