Catarina Martins ouviu queixas de alunos e defende educação como prioridade
Estudantes acompanharam ruidosamente a visita da delegação bloquista à escola.
A coordenadora do Bloco de Esquerda ouviu esta quinta-feira as queixas, ruidosas, de alunos na Escola Básica Eugénio dos Santos, em Lisboa, a pedir melhores refeições, e defendeu que a educação deve ser uma prioridade até 2019.
As crianças, em cacho à sua volta, não sabiam, mas Catarina Martins disse-lhes, que, no próximo ano letivo, haverá uma redução do número de alunos por turma no ensino básico, uma medida defendida pelo BE no Orçamento do Estado, e que, em Lisboa, resultado de acordo na câmara com vereador bloquista, haverá manuais escolares gratuitos no início de ciclo.
"É só em Lisboa. Nós querimso que fossem em tiodas as cidades, mas não elegemos vereadores em todas", disse, com um sorriso, depois de responder a uma longa lista de perguntas dos alunos.
Os alunos acompanharam ruidosamente a visita da delegação bloquista à escola. Queixaram-se da comida no refeitório, das turmas grandes, pediram um micro-ondas, mais mesas nos refeitórios, sabonetes nas casas de banho, rampas para alunos com deficiência e até um campo de futebol relvado.
Minutos mais tarde, aos jornalistas, afirmou que, nos dois anos que restam de legislatura, há que "olhar para o essencial" e "a escola é essencial", com "mais professores, mais pessoal não docente, cantinas com refeições em quantidade e qualidade".
Recordou a proposta, aprovada, para a redução do número de alunos por turma, "importante para a qualidade da aprendizagem", e fez a defesa de manuais gratuitos, por uma questão de igualdade, acusando a anterior Governo, do PSD e do CDS, de terem sacrificado a escola, por uma questão ideológica.
Para a líder do BE, é preciso "fazer uma aposta forte na Educação", "recuperar níveis de investimento na Educação anteriores à crise", lembrando que, devido à ditadura, Portugal "começou a aposta tarde".
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