Centristas da Terceira afirmam que ilha não foi considerada pela SATA no Natal

De acordo com os centristas, "é inadmissível que uma companhia que se diz regional continue a servir umas ilhas mais do que outras".

24 de novembro de 2025 às 18:56
Avião da Sata Air Açores Foto: dr
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A Comissão Política da Terceira do CDS-PP/Açores manifestou, esta segunda-feira, a "mais veemente revolta" pela forma "absolutamente descarada" com que a SATA não considerou a ilha no reforço de voos de Natal.

Numa nota de imprensa, refere-se que, "se já era notória a gestão tendencialmente centralista da companhia, alinhada com a visão da responsável pela tutela do setor, o anúncio do reforço da operação de Natal revela agora algo ainda mais grave", uma vez que "todas as 'gateways' dos Açores são reforçadas, exceto a Terceira".

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"Não houve sequer um voo adicional para a nossa ilha, apesar de os voos existentes estarem completamente esgotados há semanas. Não se compreende. E muito menos se aceita", afirma o CDS-PP, que integra a coligação que governa os Açores com o PSD e o PPM.

O Grupo SATA anunciou no dia 13 de novembro que as companhias aéreas Azores Airlines e SATA Air Açores iriam reforçar a operação na época de Natal e Ano Novo, com mais 5.000 lugares nas rotas com destino aos Açores e 3.500 lugares nas ligações interilhas.

"Este reforço contempla as ligações entre o continente português (Porto e Lisboa) e o arquipélago dos Açores (Ponta Delgada, Santa Maria, Faial e Pico) e entre os arquipélagos da Madeira e dos Açores, entre 08 de dezembro e 04 de janeiro, com maior incidência entre 20 de dezembro e 04 de janeiro", adiantou a SATA numa nota de imprensa.

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De acordo com os centristas, "é inadmissível que uma companhia que se diz regional continue a servir umas ilhas mais do que outras, deixando a Terceira para trás".

O partido afirma desconhecer "qualquer justificação técnica para esta discriminação" e quer saber, da parte da SATA, "com que base e em que dados estruturou esta operação de Natal".

Para os centristas, "à vista dos resultados financeiros da empresa, fica comprovada a falência de uma estratégia que insiste em concentrar a mobilidade dos açorianos em São Miguel, amputando o papel da Terceira na coesão regional".

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Segundo o CDS-PP, a secretária regional dos Transportes "não nutre pela Terceira grande simpatia, mas essa preferência pessoal não lhe confere o direito de, repetidamente, penalizar os terceirenses e promover divisões dentro de uma região que se quer coesa e unida".

A SATA não é propriedade de Berta Cabral. E os Açores são, e têm de ser sempre, muito mais do que São Miguel",afirma o partido.

Na sexta-feira, a Câmara do Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCIAH) também acusou a SATA de discriminar a ilha Terceira no reforço de ligações aéreas no Natal, apelando à intervenção da secretária regional da Mobilidade.

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"A CCIAH solicita à senhora secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, que intervenha no sentido de corrigir esta situação e assegure, com urgência, a reposição do princípio de equidade na distribuição das ligações aéreas entre todas as ilhas", avançou a associação empresarial, em comunicado.

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