Choques no pénis prometem curar disfunção erétil
Novo tratamento custa cerca de três mil euros.
Está a começar a ser aplicado no Brasil um tratamento que consiste em dar choques no pénis e que promete curar a disfunção erétil. Países como França e Israel também já avançaram com esta nova terapia e tanto urologistas como pacientes garantem que os choques são indolores.
A maioria dos casos em que o tratamento começou a ser aplicado registaram efeitos positivos em poucas semanas. No entanto, os médicos pedem cautela na gestão das espectativas, pois a tecnologia é recente e não existem estudos suficientes a sustentar os resultados.
Como funciona o tratamento?
Os homens que sofrem de disfunção erétil têm dificuldade em manter o pénis rígido para a penetração. Medicamentos como o viagra contornam o problema, dilatando as artérias durante algumas horas e facilitando a circulação do sangue. Este novo tratamento com choques vem prolongar o tempo de dilatação das artérias, aumentando a rigidez do órgão sexual.
"Não é apenas uma solução momentânea. É para resolver o problema na estrutura do pénis", explicou o urologista Sérgio Bassi, que já está a aguardar a chegada da tecnologia para começar a aplicar o tratamento nos pacientes.
Quem se submeter à terapia terá de colocar um gel no pénis e depois encostar o órgão sexual a uma máquina que produz choques indolores. Estas ondas eletromagnéticas vão estimular a criação de novas artérias no pénis.
O tratamento consiste em quatro sessões – uma por semana durante um mês – e, no Brasil, custa cerca de 12 mil reais (3012 euros).
"A teoria é animadora, mas existem poucos estudos que comprovem a eficácia. A maioria avalia poucos pacientes por pouco tempo, não são conclusivos", sublinhou André Guilherme Cavalcante, urologista e coordenador do Centro Integrado do Homem, no Rio de Janeiro.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt