Chuva forte não afasta cenário de seca do Algarve

O cenário de seca não está afastado do Algarve, apesar da chuva forte registada, em particular na segunda-feira, com um máximo de 94 litros por metro quadrado registados em Foia, no concelho de Monchique.

Em Loulé, a quantidade alcançada foi de 83 litros. Os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indicam que no espaço de uma semana o volume médio de água das seis barragens algarvias passou de 34% para 45%. A APA sublinha, contudo, que “as bacias hidrográficas da Bravura e Arade estão em seca hidrológica extrema” e que “o Sotavento passou para seca hidrológica fraca”.

Barragem a barragem, a quantidade de água armazenada subiu de 46% para 60% em Odeleite e de 38% para 49% em Beliche. Já no Funcho a subida foi de 33% para 40% e Odelouca de 30% para 33%.

No vermelho permanecem as barragens de Arade, que subiu de 16% para 17%, e a de Bravura, onde o volume manteve-se nos 13%. A APA salienta a necessidade de manter sob vigilância “a situação hidrológica e os consumos realizados pelos diferentes setores”.

Nas 77 barragens monitorizadas a quantidade média de água está nos 72%. Contudo, a previsão de chuva forte para os próximos dias, em particular no Norte e Centro, deverá subir o volume das barragens. As renováveis, com a hidroelétrica e a eólica à cabeça, representam 88% da produção de energia elétrica.

SAIBA MAIS

GOVERNO DEFENDE OBRA

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, diz estar “convencido” de que a construção da Barragem do Pisão, no Crato, vai avançar, apesar de decisão judicial que anula a Declaração de Impacto Ambiental.

RISCO NO TEJO E MONDEGO

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, alertou para a possibilidade de inundações nas margens do Tejo e Mondego e revelou que a Agência Portuguesa do Ambiente está em contacto com os municípios dessas regiões.