Colégio Militar exclui alunos homossexuais
Subdiretor assume que pais são informados para retirar filhos.
O subdiretor do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, admitiu que a instituição contacta as famílias dos alunos e aconselha-os a retirar os filhos da escola quando descobrem que eles são homossexuais, para os proteger dos outros alunos."Falamos com o encarregado de educação para que percebam que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e a partir daí vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares, porque é o que se verifica, são excluídos", afirmou ao jornal digital ‘Observador’.
O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, já pediu explicações ao Estado-Maior do Exército, que tutela a instituição de ensino. "O Ministério da Defesa Nacional (MDN) considera absolutamente inaceitável qualquer situação de discriminação, seja por questões de orientação sexual ou quaisquer outras, conforme determinam a Constituição e a Lei", disse fonte do ministério ao CM, frisando que o ministro Azeredo Lopes solicitou "o devido esclarecimento sobre o teor de tais declarações, bem como sobre as medidas que pretende adotar".
A deputada do Bloco de Esquerda, Sandra Cunha, pediu ontem a audição da direção do Colégio Militar. A direção da instituição remeteu para o Estado-Maior do Exército, que disse ir responder ao Governo, pelo que não fará "esclarecimentos paralelos".
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