Controlo de veículos é feito a olho na fronteira com Espanha
Elementos da GNR e do SEF não controlaram qualquer veículo na fronteira.
No sentido de perceber qual o País de origem, para onde se deslocam e quanto tempo estimam ficar em Portugal, o Governo decidiu realizar este sábado ações pontuais de controlo aos condutores nas fronteiras com Espanha.
Este sábado, junto à fronteira de Vilar Formoso, o CM assistiu a esta ‘vigilância’, que consistiu em dois elementos da GNR e dois inspetores do SEF, todos sem qualquer tipo de proteção, de pé e a olhar para os carros que entravam em Portugal, durante cerca de duas horas.
"Esta monitorização é feita através de observação direta, em permanência, durante 24 horas, no sentido de perceber se há um fluxo de trânsito anormal nas fronteiras terrestres", disse o capitão Tiago Fernandes, comandante do Destacamento Territorial da GNR de Vilar Formoso. Mas mesmo que fosse descortinada uma qualquer infração rodoviária, além do motivo maior - a pandemia de Covid-19 -, o contacto entre as forças de segurança e os condutores estava comprometido.
"A GNR sempre que entender poderá efetuar esse controlo pessoal, em cada viatura, no entanto, e seguindo as orientações da DGS, o contacto entre pessoas deve ser reduzido ao que é realmente necessário", complementou o comandante. A ação, que seria e se queria tripartida, afinal não tinha um elemento da DGS a fazer-se representar. Já ao início da noite chegou a delegada de saúde da Guarda, Ana Isabel Viseu, que relembrou que quem chega a Portugal, de locais já com transmissão epidemiológica e que apresente sintomas, deve contactar a linha SNS24.
Para este domingo está agendada uma teleconferência entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, para avaliar as medidas a tomar na fronteira comum entre Portugal e Espanha.
"Mais de metade das chamadas da SNS24 não são atendidas"
"Mais de metade das chamadas da SNS24 deixaram de ser atendidas e a Linha de Apoio ao Médico, que foi muito recentemente criada e que inclusivamente neste momento recruta estudantes para trabalharem, está sem capacidade de resposta", denunciou este sábado Roque da Cunha, presidente do Sindicato Independente dos Médicos, revelando que há dois dias uma médica do INEM fez "mais de 350 tentativas".
O Governo anunciou, na sexta-feira, que a linha teria um reforço de 112 enfermeiros e capacidade para atender 1200 chamadas em simultâneo. Também a Altice já disponibilizou meios técnicos para aumentar a capacidade de atendimento do serviço, que faz a triagem dos casos suspeitos.
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