Cotonetes e palhinhas de plástico proibidas a partir de 2021

União Europeia fechou acordo para proibir o uso de produtos de plástico de utilização única.

20 de dezembro de 2018 às 01:30
Cotonetes usados são muitas vezes atirados para a sanita, acusa a Quercus Foto: iStockPhoto
Cotonetes Foto: Getty Images
Palhinhas Foto: Getty Images
Palhinhas Foto: Getty Images

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Produtos de plástico de utilização única como cotonetes, palhinhas, pratos, talheres e varas para balões poderão vir a ser proibidos a partir de 2021. O acordo para a redução do plástico na União Europeia (UE) foi "fechado" esta quarta-feira.

"O lixo marítimo é um problema global cada vez maior", pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros do Ambiente da UE, que alerta que, se nada for feito, "em 2050 haverá mais plásticos do que peixes no mar". Este é um problema para o qual as associações ambientalistas portuguesas já tinham alertado e pedido medidas.

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"A maioria das pessoas manda para a sanita os cotonetes usados em vez de os colocar no lixo, o que faz com que o destino final deste produto seja o mar, o oceano. Ora, como grande parte das pessoas continua a usar estes produtos em plástico, estamos a fazer com que o resíduo fique durante anos no fundo do mar", explicou ao Correio da Manhã Carmen Lima, da Quercus.

Já a Zero considera que o acordo fica aquém do desejável, uma vez que queria ver também implementadas metas nacionais para a redução do consumo de recipientes de plástico para alimentos e copos deste material.

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Para que a medida avance, é necessário que seja formalmente ratificada pelos Estados- -Membros e pelo Parlamento Europeu. A UE espera que o processo esteja concluído até à primavera do próximo ano e possa entrar em vigor em 2021.

Em outubro, o Parlamento Europeu aprovou a proposta de Bruxelas, estipulando que em relação a outros produtos de plástico de utilização única, como os recipientes para frutos ou gelados, os Estados-Membros devem tomar medidas para uma redução de pelo menos 25% até 2025.

Ação sobre excesso de lixo nos oceanos

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A ação, promovida pelo Programa Bandeira Azul, visa transmitir "boas práticas ambientais" e reunir esforços pela "proteção do ambiente".

De acordo com a coordenadora do projeto, Catarina Gonçalves, "cerca de 80 por cento do lixo que vai parar ao mar é atirado para o chão em terra".

Bens alternativos acabam por ser mais dispendiosos

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Já uma caixa com 100 cotonetes biodegradáveis custa, em média, dois euros. No entanto, é possível economizar no plástico sem gastar mais dinheiro. Ao adquirir produtos frescos (carne, legumes ou peixe) evita as embalagens de plástico.

E reutilizar os sacos de plástico é uma forma de poupar na carteira e no ambiente.

SAIBA MAIS 

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80 mil

Toneladas de lixo plástico ocupam no oceano Pacífico, entre a Califórnia, na costa Ocidental dos Estados Unidos da América, e o Havai uma área equivalente a três ‘franças’, indica um estudo publicado na ‘Nature’. Os cientistas usaram dois aviões e 18 barcos para avaliar a poluição.

Chega à alimentação

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O plástico acumula-se durante vários anos nos oceanos e deteriora-se, dando origem a partículas que são ingeridas pelos animais e podem levar à sua morte. Através dos peixes, os microplásticos chegam à cadeia alimentar humana, alertam os cientistas.

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