CP suspende venda de material depois de queixas sobre destino de locomotivas históricas

Em causa, estão máquinas a vapor, que foram compradas à Alemanha em 1913 e 1923.

02 de março de 2018 às 17:19
Locomotiva história estava parada há anos na estação da Régua Foto: Direitos Reservados
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A CP - Comboios de Portugal informou esta sexta-feira que suspendeu a venda de algum material ferroviário para abate, na sequência das "manifestações registadas na opinião pública".

"A CP atenta às manifestações registadas, nos últimos dias na opinião pública, no sentido de ser realizado um esforço de preservação de algum material ferroviário desativado que integra um lote atualmente em processo de venda para abate, decidiu suspender o mesmo", lê-se no comunicado enviado pela empresa pública.

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Na quarta-feira, o Público noticiou que a venda de três locomotivas centenárias para abate indignou os grupos de amigos dos caminhos-de-ferro, que atribuem ao material interesse histórico e museológico.

Em causa, estão máquinas a vapor, que foram compradas em 1913 e 1923 à fábrica alemã Henchell & Sohn Kassel, e que se encontravam estacionadas há décadas nas estações da Régua e do Tua.

De acordo com a publicação, as carruagens foram produzidas em Nápoles e vendidas a Portugal em 1931 para fazerem serviços nas linhas do Porto à Póvoa de Varzim e do Porto a Guimarães, acabando, mais tarde, por serem enviadas para a linha do Tua, saindo do serviço comercial em 2001.

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Hoje, a CP adianta que será possibilitada uma nova avaliação, por parte da Fundação do Museu Nacional Ferroviário, sobre o interesse das unidades para abate, garantindo encontrar-se disponível para proceder à venda do material a entidades "credíveis" e capazes de evitar "a sua degradação e assegurar a sua preservação".

No entanto, ressalva que nem sempre é possível encontrar "empresas ou instituições interessadas" na compra deste tipo de material.

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