Doentes morrem à espera de cuidados paliativos
Associação alerta para situação “dramática”, com a falta de profissionais, e pede medidas urgentes-
A situação nos cuidados paliativos “é dramática” e mais de 70% dos doentes não têm acesso em tempo útil a estes cuidados, sendo que nas crianças a percentagem é de 90%. O alerta é de Catarina Pazes, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados paliativos, que pede medidas urgentes ao Governo.
“As equipas são exíguas, são poucos profissionais para o nível de necessidades. Há parte do território que está a descoberto. Ao nível dos cuidados paliativos pediátricos a situação é também dramática”, disse à Lusa.
A responsável frisou que “em todas as ULS tem de haver uma equipa comunitária que possa fazer um acompanhamento e um suporte dos doentes com alguma dificuldade na deslocação, mas que precisam de um apoio ao longo do tempo de doença, adaptado à sua necessidade em cada momento, quer vivam em casa, em lares de idosos ou em estruturas sociais”.
Num relatório de 2024, a Entidade Reguladora da Saúde revelou que 48% dos doentes referenciados em 2023 para cuidados paliativos contratualizadas com o setor privado ou social morreram antes de ter vaga.
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