Emigração na saúde atinge três mil por ano
5 em cada 6 dos que emigram na área da saúde são enfermeiros.
A retoma económica não travou a saída de profissionais de saúde. Os dados referentes a 2015 indicam que mais de três mil pediram documentação académica para poderem emigrar. No último ano, 3243 optaram por ir trabalhar no estrangeiro. Em 2014 houve 3267 médicos e enfermeiros que decidiram trabalhar no estrangeiro.
Na classe médica houve uma subida de 20% nos que requereram a documentação junto da Ordem dos Médicos para partir. Por sua vez, nos enfermeiros verificou-se uma quebra de 4% nos que efetuaram o mesmo pedido. Por regiões há a registar que no Norte há um número crescente de enfermeiros a emigrar. Entre 2014 e 2015, a subida foi de 1136 para 1261. Nos médicos, é no Sul que se verifica um forte acréscimo: em 2014 pediram documentação para emigrar 214; no ano seguinte foram 311.
A maior parte dos profissionais de saúde que parte para o estrangeiro tem entre os 25 e os 40 anos. Por países, o Reino Unido é o que mais atrai os médicos e enfermeiros portugueses. No último ano fixaram residência no país 349 enfermeiros e 98 médicos. A esmagadora maioria (cinco em cada seis) dos que emigraram são enfermeiros. Segundo a bastonária, Ana Rita Cavaco, "por ano, o número dos que emigram é já semelhante ao dos que se licenciam".
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