Empresa queixa-se de pesca ilegal de atum que vale milhões
Empresa denuncia capturas ilegais na armação que explora. Espécie tem elevado valor comercial.
A empresa Real Atunara, com sede em Olhão, queixa-se de ter sido alvo de pesca ilegal de atum-rabilho na Armação do Barril que explora, a cerca de quatro quilómetros a sul da Ilha de Tavira. De acordo com a empresa "esta prática criminosa compromete não só a campanha em curso, como também a sustentabilidade e segurança da pesca artesanal".
A Real Atunara e a Tunipex são as duas empresas que se dedicam à pesca do atum-rabilho seguindo o método de almadrava - armação de pesca - que evita a destruição do fundo do mar e preserva a espécie. O problema é o valor comercial desta espécie, que tem levado à pesca e comercialização clandestinas. "Estamos perante uma intrusão deliberada, motivada pelo elevado valor comercial do atum-rabilho" diz Miguel Socorro, CEO da Real Atunara. A título de exemplo, já este ano um atum-rabilho com 276 quilos foi leiloado no Japão por 1,3 milhões de euros. Esta iguaria é considerada uma joia culinária neste país asiático dada a sua popularidade e o aumento de preço constante.
O atum-rabilho "é uma espécie protegida, sujeita a quotas rigorosas definidas por organismos profissionais" adiantam. A sua captura e comercialização clandestina é crime. Segundo os queixosos, circulam na internet fotos e vídeos desta atividade ilegal, o que será importante para a identificação dos responsáveis.
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