Escolas atrasam aumentos dos docentes
Professores reclamam que as escolas não estão a contabilizar o tempo real de serviço.
As escolas portuguesas estão a receber "inúmeras reclamações dos professores", devido à atualização do recenseamento das carreiras, pedida pelo Ministério da Educação para efeitos da atualização dos salários.
Os docentes reclamam que o tempo de serviço contabilizado pelas escolas "não corresponde ao real". As reclamações acabam por atrasar o envio da documentação à tutela, para avaliação do escalão e para que esta possa aprovar que as escolas procedam à respetiva atualização dos ordenados.
Ainda assim, só a vontade das escolas não chega. De acordo com o diretor de um agrupamento de escolas e autor do blogue ‘Arlindovsky’, "ainda não há software para aplicar os vencimentos aplicados". O aumento está contemplado no Orçamento do Estado para este ano e foi implementado a 1 de janeiro.
As discrepâncias nos tempos de serviço foram confirmadas ao CM por João Dias da Silva, presidente da Federação Nacional de Educação, e por Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares. O reposicionamento salarial vai ser feito em parcelas de 25% a cada semestre.
Só ao fim de dois anos é que os docentes terão o aumento correspondente ao escalão.
BE e PCP querem que Educação Física conte
Os dois partidos apresentaram projetos de resolução para reverter a situação.
Andaep vai questionar escolas sobre problemas
PORMENORES
Aumento entre 20 e 50 €
O aumento salarial dos docentes vai refletir-se num ganho mensal entre 20 e 50 euros, o que representa um encargo de 90 milhões para o Governo.
Diretor contra rankings
O diretor da Escola Portuguesa de Díli, Timor-Leste, Acácio Brito, considerou ontem que os rankings das escolas deturpam a realidade do centro escolar.
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