Escolas livres para optar por qualquer obra de Eça
Deixa de ser obrigatório escolher entre ‘Os Maias’ e ‘A Ilustre Casa de Ramires’.
Os professores de Português do Ensino Secundário vão passar a poder ensinar qualquer obra de Eça de Queiroz que entenderem, deixando de ter de escolher entre ‘Os Maias’ e ‘A Ilustre Casa de Ramires’, como consta no atual programa.
A mudança faz parte do documento Aprendizagens Essenciais, que se encontra em discussão pública até dia 27. O documento construído por associações de professores vai substituir as metas curriculares do ex-ministro da Educação Nuno Crato. Na lista de obras e textos do 11º ano é indicado apenas "um romance" de Eça , sem especificar qual.
"Numa mesma turma, um conjunto de alunos poderá ler ‘Os Maias’, outros ‘A Relíquia’ e outros ‘A Cidade e as Serras’", refere o Ministério da Educação (ME).
Segundo o ME, "os exames avaliarão o que está disposto nas Aprendizagens Essenciais" já em 2019/20.
E qual a obra que sairá no exame? Segundo Filomena Viegas, presidente da Associação de Professores de Português, "o que está em causa é o autor e, desde que tenha sido estudado, qualquer obra pode ser usada no exame".
A dirigente frisa que já nos exames deste ano o Instituto de Avaliação Educativa, que elabora as provas, deu indicações nesse sentido.
Mais de 26 mil alunos nos exames da segunda fase
Mais de 26 mil alunos realizaram ontem exames a cinco disciplinas, na 2ª fase dos exames nacionais do Secundário. A prova mais concorrida foi a de Física e Química, feita por 20 351 estudantes.
As outras foram a Economia, Literatura Portuguesa, Latim e História da Cultura e das Artes.
PORMENORES
Já não era obrigatório
"No atual programa, ‘Os Maias’ já não era obrigatório, mas uma alternativa de ‘A Ilustre Casa de Ramires’", esclareceu a professora Filomena Viegas.
Reunião no dia 25
Ministério da Educação e Sindicatos de docentes reúnem-se dia 25, numa "reunião técnica" para apurar o custo real do descongelamento, disse a Fenprof.
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