Europa quis ‘abolir’ Natal "em nome da inclusão e da diversidade"
Comissária considera que palavra é pouco “inclusiva”.
A Comissão Europeia (CE) está no centro de polémica, após se ter descoberto que, em nome da inclusão e da diversidade, a Comissária para a Igualdade sugeriu que, nas comunicações internas daquela estrutura, se abolisse, entre outras, a palavra ‘Natal’.
Helena Dalli enviou um guia de 30 páginas com sugestões de palavras alternativas e pedia que, em vez de Natal, se passasse a usar “período de festividades” ou “período de férias”. “Nem toda a gente é cristã e nem toda a gente celebra as férias cristãs”, explicava no documento que chegou às mãos da imprensa italiana e rapidamente desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais.
O tabloide italiano ‘Il Gionarle’ deu a notícia e o Vaticano reagiu de imediato. “Quem vai contra a realidade coloca-se em sério perigo. E depois há o cancelamento daquilo que são as raízes, sobretudo no que diz respeito às festas cristãs, a dimensão também da nossa Europa”, comentou o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
O documento em causa foi retirado de circulação e a Comissária para a Igualdade admitiu que “precisa de trabalho”.
PORMENORES
Outras recomendações
O documento proposto pela Comissária para a Igualdade Helena Dalli também pedia que ninguém se dirigisse a uma audiência usando o tradicional “senhoras e senhores”. Em vez disso, recomendava substitui-los por “caros colegas”.
Experiência “surreal”
Em entrevista, um funcionário da Comissão Europeia, que pediu para ficar anónimo, reagiu contra o documento afirmando que as diretivas que propôs “atentam contra as regras mais elementares”. “Está tudo doido. É uma experiência surreal.”
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