Ex-presidente da Raríssimas quer "pedido de desculpas do País"

Paula Brito e Costa diz que vestidos comprados "são dois por ano e geralmente para ir à Rainha".

16 de dezembro de 2017 às 15:05
Paula Brito e Costa, presidente, associação, Raríssimas Foto: Marisa Cardoso
Paula Brito e Costa Foto: Jorge Paula
TVI revela imagem de casal que será Manuel Delgado e Paula Brito e Costa Foto: Direitos Reservados
Imagens mostram grande proximidade entre Manuel Delgado e Paula Brito e Costa Foto: tvi
Paula Brito e Costa e o ministro Vieira da Silva num evento a posar para uma selfie Foto: Direitos Reservados
Paula Brito e Costa, presidente, associação, Raríssimas Foto: Jorge Paula
Paula Brito e Costa, presidente, associação, Raríssimas Foto: Marisa Cardoso

1/7

Partilhar

Paula Brito e Costa demitiu-se do cargo de Presidente da associação Raríssimas mas matém o cargo de Diretora da Casa dos Marcos. Paula Brito e Costa explicou, em entrevista ao semanário Expresso, que tem um contrato individual e que para sair vão ser necessárias negociações. Revelou ainda que não volta à Raríssimas mesmo que se prove que está inocente e diz que quer um pedido de desculpas de Portugal.

"Sinto-me muito magoada com o meu País. Só fiz o bem. (...) Provem que usei dinheiro público. Não usei. Merecia um pedido de desculpas do país", considera a ex-presidente da associação.

Pub

Sobre os gastos, justifica que os vestidos são necessários para os eventos da associação, e que no dia em que comprou aqueles, chegou mesmo a comprar mais com o próprio cartão de crédito. "Para mim são fardas. Não é um luxo, é um vestidinho. É verdade que compro vestidos da Karen Millen para ir a eventos da Raríssimas mas são dois por ano e geralmente para ir à Rainha. Não foi o procedimento mais correto. Só fiz isso uma vez e por desconhecimento", afirma Paula Brito e Costa.

Já sobre os polémicos 230 euros gastos em gambas, explica que foi para um jantar com diplomatas, que iriam investir na associação, e que decorreu na sua própria casa. Paula Brito e Costa refere que é "alérgica a marisco" e que o jantar saiu "muito mais em conta" do que uma refeição no Gambrinus, uma conhecida marisqueira lisboeta em que o custo médio para duas pessoas é de 100 euros.

A ex-presidente afirmou ainda que os funcionários não tinham de se levantar quando passava, mas sim para as visitas. Paula Brito e Costa nega que fosse uma questão de vassalagem mas sim uma parte do protocolo de bem receber.

Pub

Sobre Vieira da Silva, afirma que é uma das pessoas com mais integridade que conheceu, negando qualquer pagamento ao Ministro. Quanto ao próprio salário, de 3 mil euros, Paula Brito e Costa defende que se refere ao contrato como diretora-geral.

"Não sou remunerada enquanto presidente da Instituição. Sou uma empregada por conta de outrem e por isso não estou no regime das IPSS. Tenho um contrato de trabalho com a Raríssimas como diretora-geral da associação e da Casa dos Marcos", diz Paula Brito e Costa, acrescentando que o plano de reforma foi um prémio de produtividade que nunca recebeu e a direção decidiu que se traduzisse desta forma.

Paula Brito e Costa confirmou ainda as ajudas de custo no valor de 1300 euros e os 1500 de deslocações, ainda assim diz que deixou de receber o segundo valor quando passou a ter um BMW como carro da empresa. "Era para ser um Volvo bem mais caro. Ficou o BMW que serve todo o Conselho de Administração da Casa dos Marcos", remata.

Pub

A ex-presidente da Raríssimas recusa-se no entanto a comentar a saída do ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado do Governo, após a sugestão da TVI de que os dois manteriam um relacionamento. Paula brito e Costa termina adiantando que a investigação vai apenas mostrar as irregularidades deixadas por quem ela própria colocou na rua.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar